Por este andar nem quero imaginar como é que vou estar quando acabar o Verão

Hoje destruí um coelhinho de chocolate que com tanto carinho guardava no meu armário desde a Páscoa. Eu bem tentei resistir – mesmo assim muito já resisti eu! – mas não consegui mais, foi desta. Ainda por cima era daqueles coelhos da Hussel, todos bonitinhos, com enfeites aqui e ali. Todos os dias, assim que abria o armário – porque no que toca a doces, tem de estar tudo muito bem escondidinho, senão vão desta para melhor – lá estava ele, a olhar para mim com aqueles olhos, quase como se dissesse “É hoje, é hoje que me vais dar uma trinca?” E eu acalmava-o e dizia-lhe “Tem calma amigo, ainda não chegou a tua vez”. O pior é que os outros tantos chocolates que estavam lá ao pé do coelho desapareciam á velocidade da luz. Um quadrado, dois quadrados... Lá se acabaram as tabletes de reserva. De manhã abri o armário – e acho que o coelho já pressentia que algo de mau ia acontecer – mas voltei a fechá-lo logo de seguida. Ao final da tarde dei outra espreitadela, ainda numa de "vai ou não vai?" Mas não resisti mais. Peguei no coelho e desfiz o laço que o embrulhava. Observei-o atentamente e, sem pensar em mais nada, arranquei aquilo que estava mais à mão. ‘Tadinho do coelho, até me meteu pena vê-lo sem orelhas. Que sacana que eu sou.

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