Ora bem, faltam menos de duas semanas para ir a Madrid. Como já tinha dito, a minha razão principal para ir até à capital espanhola é mesmo para ver O concerto mas, já que lá vou, porque não aproveitar e dar uma vista de olhos pela cidade? É nesta parte em que vocês entram: preciso de umas sugestõezinhas. Só vou ter dois dias para visitar seja o que for, por isso vá, digam de vossa justiça: must see's, jardins (porque eu adoro jardins), onde e o que comer, e outras coisas que acham que mereçam uma visitinha ou uma foto. Todas as sugestões são bem vindas, por isso não se acanhem (aqui a Cat agradece - muito).
Porque é que te afastaste tanto? Porque é que deixaste de me telefonar? Porque é que já não me dizes nada? A culpa foi minha, eu sei. Fui eu que disse que precisava de espaço. E tu deste-mo. Deste-me espaço e deixaste um vazio em mim. Agora, quero que voltes a preencher-me. Percebi o quanto gosto de ti e sinto saudades tuas. Volta. Ainda vou a tempo de me perdoares?

Prémio 2#

Recebi um outro prémio, desta vez da autora do blogue "Simplesmente 100". Como já sabem, seguir as regras dos selos não é comigo, mas agradeço, mais uma vez, o gesto simpático :)
Este ano não houve festivais de Verão, mas vai haver uma ida a Madrid para ver os british guys. Yup yup, se eles não vêm até mim, vou eu até eles.

Calories & Gymnasium

Digam-me que são como eu. Que antes de comerem qualquer coisa que seja, verificam sempre o número de calorias e conservantes que alimento X contém. Também são assim, não são? É que, credo, acho que estou a tornar-me numa obsessiva. Com tudo. Desde os iogurtes até aos chocolates. A coisa complica-se quando tenho um anjo e um diabo de cada lado. Um a tentar-me "Vá lá, come isso de uma vez por todas. É só hoje, não vai fazer mal" ; e outro a jogar pelo seguro "Vais-te arrepender. Vai tudo parar às ancas sem dares conta. Resiste, resiste!".

Agora já não importa se vai parar às ancas ou não. Vou aproveitar hoje para comer tudinho, porque amanhã vou para um ginásio e aí vai ser regime a sério (mesmo a sério). Talvez se malhar muito consiga obter alguns resultados numa semana. Caso contrário, volto para os chocolates.

Into the Wild

Há filmes e filmes. E eu não vi um filme, não. Eu vi uma história de vida. Uma história que nos faz pensar e perguntar: qual o extremo da felicidade? Esta é uma história verídica, inspirada na vida de Christopher McCandless, um jovem aventureiro inconformista com a sociedade. Desde cedo construiu o seu objectivo de vida, fazendo sempre tudo o que esteve ao seu alcance para o concretizar. E concretizou. Esta é a história de um jovem que abdicou do conforto do seu lar e partiu em busca do desconhecido, sem avisar de ninguém, sem precisar de ninguém. Apenas com uma mala às costas, viajou pela América, conheceu novas pessoas, arranjou pequenos trabalhos sempre que o dinheiro lhe faltava e conseguiu. Chegar ao Alasca era o seu objectivo, pois só aí é que conseguiria estar em plena paz com a Natureza selvagem.
Com a direcção de Sean Penn e um grande elenco, este é um filme dedicado a Christopher McCandless, que podia muito bem ter levado uma vida calma e com todos os luxos, mas que em vez disso decidiu fazer o que muitos poucos fazem: contrariar a rotina da vida e arriscar. As imagens e banda sonora que acompanham a vida do jovem vão deixar os espectadores hipnotizados, quase como se embalados pela doce música de Eddie Vedder. Um filme magnifico, que foi ignorado pelas distribuidoras portuguesas mas que mesmo assim não deixa de tocar nos corações de quem o vê. É uma lição de vida a não ser esquecida, um must-see.

Marés 09

Lembram-se disto? Pois é, parece que foi ontem. O meu primeiro dia de trabalho. O meu primeiro dia de trabalho no meu primeiro trabalho. Já acabou. Um mês que passou a voar. Para trás ficam as memórias de companheirismo e boa disposição do grupo, das conversas sem sentido, das caminhadas pela areia, da preguiça logo pela manhã, das aulas de preparação, dos risos e gargalhadas, das visitas dos coordenadores, da chegada dos companheiros da tarde, dos utentes com reclamações parvas, das guerras de cinzeiros, das idas às outras praias, das conversas com utentes chatos, das fotografias, da criação das t-shirts, dos jogos no final de cada turno e de muito mais. Mas como tudo o que começa tem de acabar, ao menos que acabe em grande. Por hoje acabou, mas para o ano há mais.

Prémio 1#

A Amy Colline, que escreve maravilhosamente bem (como podem comprovar ao fazer uma visitinha pelo blogue dela, aqui), foi uma querida e ofereceu-me o meu primeiro selo. Eu sei que devia seguir com a corrente e enunciar uns quantos blogues e publicar a foto do selo, etc, etc, mas sinceramente não tenho muita paciência para isso, desculpem dizer-vos. Não quero ser mal agradecida (agradeço e aprecio o gesto simpático), mas será que é possível receber selos e "ficar" com eles sem fazer o que ditam as regras? (uma batotazinha, vá). É?


(Pois, com isto é bem provável que nunca mais me oferecam coisa nenhuma aqui por estas andanças. Que me perdoem, mas seguir estas regras todas pipis não é comigo).

In Love with Starbucks

Quero mais dias como este, ao ar livre, debaixo de uma árvore à sombrinha, em contacto com a Natureza. Quero mais dias como estes, em que coloquei o stress de lado e deixei-me levar pelo momento. Quero mais dias como este, nos jardins de Belém, lugar ideal para colocar a conversa em dia com uma amiga que já não via há quase dois meses. Quero mais dias como este, em que pude apreciar de um belo e fantástico Iced Caramel Macchiato na bela e fantástica Starbucks. Lá respira-se um ambiente de outro mundo e juro que, por momentos, julguei estar em Nova Iorque. Sentia-me uma estrela, a estrela dos cafés. Uma estrela que até teve direito a um copo com o seu nome - copo esse que vou guardar para sempre como recordação da primeira ida à Starbucks. Se foi amor à primeira vista? Sem dúvida. Porque quem entra uma vez na Starbucks dificilmente consegue ficar indiferente. Quero mais dias destes, venham eles!
O british accent tem muito que se lhe diga. Parece mel. Mal oiço uma palavrinha, uma simples e pequena palavrinha, derreto logo. Adoro. É um dos meus pontos fracos. Isso e British guys (o que vai dar quase ao mesmo, portanto). Ainda hoje apareceu-me lá na praia um jovem casal inglês - se não eram namorados, eram irmãos, ou amigos, ou whatever. Assim que chegou, o rapaz - todo jeitoso por sinal, de pele branquinha e com uma carinha de anjo que contrabalançava com um penteado radical - pousou a tralha toda (lancheira, malas, sacos) e soltou um animado "Holla!", seguindo de um "Do you speak English?" todo meloso. Foi a gota de água. Parei de pensar logo ali naquele momento. Nem consegui responder ao rapaz, tal era o meu estado de nervosismo acompanhado de euforia. Primeiro, nunca me tinha aparecido nenhum inglês a pedir informações ou auxílio. Segundo, como é que eu me iria safar e prestar atenção ao que ele dizia se só estava concentrada naquela pronúncia britânica (e não só)? Terceiro, eu estava com um sorriso parvo estampado no rosto - e devia estar a corar, infelizmente. A sorte foi lá que apareceu o chico esperto do grupo que começou logo a falar com eles e a traduzir, palavra a palavra, tudo o que era dito - o que fez com que o casal pensasse que todos nós éramos uns burros que não sabiam falar inglês, já para não falar do chico esperto que não perdeu tempo nenhum em dizer "They can speak English, but not so good as me. I'm the only one here who can speak english well, blá blá" e outras tretas que fizeram dele o rei. Fiquei fula e cheia de raiva. Só me apetecia mandar calar o gajo que insistia em humilhar toda a gente. Tudo bem, posso não falar inglês fluentemente, mas certamente me safava numa situação daquelas, não sou nenhuma atrasada. Além disso se há coisa que eu sei fazer é improvisar e que remédio tinham eles senão compreender o que eu estava a tentar dizer. Mas discussões à parte, a situação lá se resolveu. A rapariga - que mal abria a boca a não ser para dizer "It hurts" - saiu de lá quase como nova e sem nenhum pico no pé, e o rapaz, todo contente - que só dizia "It's fucking deep, oh shit" - despediu-se de nós com um rápido aperto de mão (achei amoroso). Ainda tive tempo de lhe dizer "I hope she get better", que foi a única coisa que me passou pela cabeça, ao que a rapariga agradeceu, desaparecendo no minuto a seguir.

Porque ainda há pessoas simpáticas e que nos deixam sem fala mal abrem a boca para dizer o que quer que seja na mais-que-perfeita pronúncia britânica. E que também nos deixam com o olhar fixado nelas, mas isso já é outra história.
O que sabem eles? O que sabem eles sobre mim? O que sabem eles sobre os meus sentimentos? E o que sabem eles sobre os meus sonhos? ‘Vocês não percebem, nunca vão perceber’. E é verdade. Porquê cortarem-me as asas quando estou prestes a voar? Porquê pintarem-me o céu de negro quando eu sempre o vi azul? Porquê? Eu não os percebo, nunca vou perceber. Mas deverei eu esforçar-me? Não. Apenas me vou esforçar para ser feliz, and nothing else matters.
Gosto de reencontrar pessoas, independentemente de gostar delas ou não. Claro que prefiro quando encontro aquelas pessoas por quem nutro um carinho especial e que me deixam com saudades após dias, meses e até mesmo anos sem as ver. Há sempre algo de bom nos reencontros, acho-os mágicos até. Porque são nestas alturas em que estudo novamente a pessoa, vejo pela cara, pelas companhias, pelos gestos, se está ou não de bem com a vida. Os reencontros são, para mim, uma avaliação da pessoa após o passar do tempo. Hoje, sem esperar pelo momento, reencontrei-me com um velho amigo meu do qual gosto muito. Há já uns meses que não lhe punha a vista em cima, mas era sempre um prazer cada vez que nos encontrávamos. Gosto de o encontrar, qualquer que seja a ocasião. Fico logo mais alegre e bem disposta. Não é só com ele, mas com todas as pessoas em geral que já não vejo à algum tempo. Mas com ele foi diferente. Porque costumávamos falar muito, rir muito e brincar muito. E de um momento para o outro deixei de o ver, deixei de estar com ele. Hoje serviu para matar as saudades e pôr um pouco da conversa em dia. E para trocar um belo sorriso. E para constatar que algumas coisas, boas ou más, nunca mudam.

Primeira conversa


“Como é que conseguiste o meu número?” “Isso foi fácil”
Imaginei a situação. Era óbvia a pessoa que lhe tinha dado o meu número. Foi a partir daqui, desta nossa primeira conversa em Dezembro, que começámos a falar. Hoje peguei no telemóvel e deu-me para ler todas as tuas mensagens, recordando assim os tempos passados – e que bons tempos. Queria ter apagado todas as mensagens que me enviaste com todas as palavras cheias de beleza e falsidade ao mesmo tempo, mas não consegui, não tive coragem, não quero ainda desfazer-me das tuas memórias. Porque apesar de tudo, ainda te considero um pedaço de mim, ainda te considero alguém especial, ainda te considero “meu”.