Já me encontro mais calma sim. Desde as seis horas da manhã de ontem que ainda não descansei devidamente, estou ainda nas nuvens. Sei que disse que dia 28 tinha sido o melhor dia da minha vida. Posso reformular a frase? Dia 28 e 29 foram os melhores dois dias da minha vida. Se o concerto de Madrid não atingiu as minhas expectativas, o de ontem excedeu-as por completo. Modéstia à parte, quando os portugueses se juntam, convictos e determinados, o resultado só pode ser uma noite inesquecível. Os fãs, atentos ao material, gritaram quando viram as guitarras e os baixos já em cima do palco, gritaram quando viram Mr. Tom Fletcher, M. Danny Jones, Mr. Harry Judd e Mr. Dougie Poynter a entrar e gritaram ainda mais quando começaram a tocar a One for the Radio. Foi só o Danny dizer "jump" para o público chegar ao rubro. O refrão foi marcado por braços no ar, ao mesmo tempo que se cantava a plenos pulmões "We don't care!" E realmente, não queremos saber: não queremos do escaldão certeiro que iremos apanhar, não queremos saber se estamos rodeados de fãs da Miley, não queremos saber de nada exterior a McFly. Era o momento deles, o primeiro concerto de 2010, o primeiro concerto em Portugal após vários anos de espera. Segue-se Everybody Knows e Obviously, esta última mais conhecida do público. Eles apresentam-se "We are McFly , all the way from London, England" e o Tom pergunta "Are you having a good time?". A resposta é acertiva. E acrescenta "this is an old song, if you know the words you can sing along with us". Dito e feito. Obviously é daquelas músicas de embalar que toda a gente adora. De seguida as atenções viram-se para o baixista, que assume o papel de guitarrista na sua música Transylvania. Eles perguntam "Who is your lover?" e eu, intimamente respondo "you". Mas na verdade o que se responde é algo totalmente diferente. Todos em unísono cantam aquela que foi a primeira música que ouvi deles, e ainda hoje uma das minhas preferidas. Depois disso a energia de Corrupted invade o palco e o público entra em delírio quando Danny lambe a guitarra. Tudo muito habitual e um tanto previsível, tal como o arroto no final da música. E lá está ele, Danny Jones num seu todo. Segue-se Falling in Love, mas antes o Tom expressa a sua vontade de andar no slide, dizendo "that's the coolest thing I've ever seen". Acrescenta "It's getting dark. Dougie is afraid of the dark. That's Dougie, you know who Dougie is?" "It's the time when he gets into a wolf" "Team Jacob!" ouve-se o Dougie dizer do outro lado do palco. E começa a melodia romântica que deixa o público apaixonado por aqueles quatro rapazes. Corações vermelhos erguem-se e faz-se notar um sorriso na cara do Danny. Também ele ficou apaixonado por nós. Segue-se uma pausa e o Dougie toma partido do microfone, antes de ecoarem as primeiras notas do teclado, que marcam a chegada da Point of View. Momento Flones e sinto-me a ficar sem forças, a deixar-me levar demasiado por toda aquela cumplicidade entre os dois. Próxima música: Too Close For Comfort, e é então que me vou abaixo por completo. Danny e Tom com guitarras acústicas e sinto os meus olhos a encherem-se de lágrimas, tais como os do Danny ao ouvir o público a cantar. Um dos momentos mais bonitos do concerto, sem dúvida. Da balada passa-se para a mexida música de nome Star Girl. O Danny troca-nos as voltas com o seu improvisado "make a little love in Lisbon!" e eu derreto-me. Depois é o Tom, que como vem sendo hábito, faz questão de virar o rabo para o público enquanto canta "when I fell in love with Uranus". Em tom provocador o Danny canta "so wouldn't you like to come with me?" enquanto faz olhinhos como quem não quer a coisa. Eu também fiz olhinhos como quem não queria a coisa, apesar de muito querer. Segue-se um single que deu nome ao primeiro álbum, Room on the Third Floor, mas antes uma pequena música protagonizada pelo minimeu (perdão, Poynter) que retrata o amor ente o Danny e o Tom. Outro momento alto que faz do Dougie o centro das atenções (ainda mais). Danny pergunta "Lisbon, are you ready to sing with me? Are you ready to sing as loud as you possibly could ever in your life?" E todo o público grita que sim. "You know how it goes, right?" Sim, novamente. "The only words are nana. Na-na-na-na" Risada total. "Are you gonna show me what you got? Are you gonna sing for me as loud as you can?" Of course. "Let's see what you can do". O Danny sabe-o. O público também. Os nanananas fazem-se ouvir e o Danny rende-se, tal como os fãs que aguardavam pela Miley e que entretanto se deixaram levar pelo som dos britânicos. De seguida, o cover já antigo de Beastie Boys, Fight for Your Right e depois a balada All About You. Danny tece-nos um elogio "these guys are good at singing", pois claro que somos, e no final da música pede os nossos sorrisos "I wanna see those teeth" exibindo também o seu. "Lisbon, can you give me one more? Sing!" It's all about you, it's all about you baby. "Beautiful". Abandonam o palco mas pessoas como eu não lhes dão descanso. As fãs gritam McFly e batem palmas, pedindo mais. E eles voltam, prontos para mentir. Lies é a penúltima música e aquela que todos sabem. Para terminar da melhor forma, Five Colour in Her Hair. Começam as despedidas e sinto que está a chegar o fim daquele concerto épico. "Guys, before we go, we wanna say a huge thank you to all of our fans over here. Not just over here, also to all of our fans around the world, here are some of you that travelled and people watching at home. Thanks you very much, we have the best fans on the planet" e já se vê o Danny a formar um coração. A música começa, eu deliro, o público delira e os do-do-do-do-dos fazem-se ouvir a alto e bom som. "Thank you so much Lisbon, thank you so much Rock in Rio. Enjoy the rest of the show, muahh". Atiram-se palhetas, toalhas, baquetas, água. E o público aplaude como forma de agradecimento daquele grande concerto. Danny e Tom abandondam o palco por si, enquanto o Dougie, previligiado, sai ao colo do Harry, todo contente, com um enorme sorriso na cara, acenando. O público ainda grita eufórico e as lágriams caem-me do rosto. Confirma-se a emoção à flor da pele.


McFly é muito mais que uma pop-rock band. Mcfly é união, é amor, é cumplicidade, é espírito de equipa, é diversão, é amizade, é interacção com o público e fãs, é talento, é dar tudo por tudo. McFly é McFly e só as pessoas que presenciaram o espectáculo de ontem é que podem tirar conclusões sobre eles. O concerto de ontem valeu por estes três longos anos de espera, por um concerto em solo nacional. Era vê-los a virem à vizinha Espanha e Portugal ficar sempre de fora. Mas desta vez conseguimos, e conseguimo-lo à séria. Não sei quem vai ler isto, mas quero agradecer "from the very bottom of my soul" ao Rock in Rio por ter tido em conta o pedido de milhares de fãs que há tanto ansiavam pela noite de 29 de Maio, muito obrigada pela oportunidade. Obrigada também aos fãs, com quem me reuni desde as seis da manhã e que são excelentes pessoas e com os quais sei que posso contar. E obrigada McFly, por tudo
Vim só aqui dizer que hoje foi o melhor dia da minha vida. Por muitos bons dias que já tenha tido, o dia de hoje foi muito amor. E sabem, sabem? Não, não sabem, mas eu digo-vos: conheci os quatro rapazes apelidados de McFly. Sim, estou na lua (não me chateies que eu agora estou na lua, nanana). Muito resumidamente: eles são todos ainda mais breathtaking do que em fotografias, os olhos azuis do Harry deixaram-me com tonturas, o Tom foi super simpático e adorável (sabem aquelas pessoas mesmo mesmo mas mesmo adoráveis? Pois, é o Tom) e falou comigo durante uns bons segundinhos e disse que a t-shirt do Rock in Rio deles era awesome, o Dougie mostrou os dedos com feridas de tocar tanto e parecia um minimeu e pouco falou (mas estava very very gorgeous) e o Danny quando foi a tirar uma foto comigo colocou a sua mão na minha cintura e ai jasus que lá vou eu. Falaram sobre o concerto de amanhã, disseram que não iam tocar músicas novas porque não estavam preparados. O Tom pareceu gostar bastante daquele tempinho com os fãs (isto porque nós somos muito civilizados e não entrámos em histeria) e saíram de lá com um sorriso na cara. Eu saí de mãos a abanar (folha e caneta nunca estão comigo quando mais preciso), mas com a máquina cheia de registos fotográficos e com o coração cheio. Valeu a pena os três anos de espera.
Há dias a minha Matias fez-me uma espécie de serenata sem canto. Apenas me disse "ouve". E começou a tocar os primeiros acordes da Falling in Love, a minha Falling in Love. E eu que vou ouvi-la novamente ao vivo, a minha Falling in Love Dois dias.

"Um dia voamos até ao céu ao som de mcfly. 29 de maio é o dia"


Frases Nicola
- Quero voltar uma semana atrás no tempo, como faço?
- Fecha os olhos, e imagina. A mente leva-te a todos os sítios.


Digam o que disserem dele, há uma coisa que tem de ser destacada: o Mika é um Artista (com "a" grande, porque há artistas e artistas, e é nas maiúsculas que reside a diferença). O concerto de ontem em Lisboa, no Campo Pequeno, foi a prova disso. O sentimento de que por duas horas fui uma criança foi inevitável. O Mika faz-nos sentir assim, sabem? É como se voltássemos aos tempos em que o mundo é feito em tons de rosas fluorescentes, amarelos garridos, verdes vibrantes e azuis da cor do céu. Um mundo onde a palavra tristeza é barrada à porta. Só entram os que se querem divertir à séria. E oh, acreditem que a palavra de ordem foi diversão e alegria, muita alegria para dar (e não vender, dar, apenas). Não sou (ou melhor, não era) uma fã acérrima do Mika, mas o concerto de ontem fez-me mudar de opinião. Tinha expectativas elevadas, confesso (afinal, pode-se esperar de tudo vindo daquele rapaz excêntrico), mas todas elas foram superadas com sucesso. O Mika estava ali, em cada música, em cada frase, em cada cenário, em cada gesto, em cada figurino. E a banda, profissional e com um toque de irreverência, a acompanhar na perfeição aquela figura semelhante a um brinquedo em cima do palco. Um brinquedo que sabe o que faz, e sabe fazê-lo bem. O seu sorriso e simpatia foi uma constante, enquanto uma "Rain" de confettis, serpentinas e balões coloridos caía sobre nós, meros espectadores de todo aquele espectáculo repleto de magia e caras alegres. Um espectáculo de duas horas que me pareceu dez minutos e no qual ainda não acredito que estive presente, não fossem as fotos indicar o contrário (posso afirmar que foi, de todos até à data, o meu concerto de eleição). Já passaram quase vinte e quatro horas e continuo com um sorriso estampado na cara. A noite de ontem marcou, mas não acabou por aqui. Porque o Mika tem ainda muito para dar.
(E sim, acho que estou apaixonada)


Mika, foi muito, mas mesmo muito amor
Está na moda gostar de Muse. Está na moda gostar de Kings of Leon. Está na moda gostar de U2. Está na moda gostar de The Killers. Está na moda gostar de Florence + The Machine. Está na moda gostar de muitas outras bandas que estão na moda mas que agora assim de repente não me lembro. Está na moda gostar de indie e está na moda (sempre esteve) gostar de reggae. Desculpem se eu não oiço nada disto (excepto o indie, e não é por uma questão de modas). Desculpem se os meus gostos musicais passam por outras bandas fora de moda, está bem? Desculpem, é que eu não gosto de modas.



Love is just a cautionary, momentary, reactionary lie

Hoje foi o dia das flores. E dos sorrisos.