"another year over and you're still together. it's not always easy but we're here forever"
Há um ano atrás era tudo tão diferente e hoje sinto a tua falta. E, no fundo, nunca foste meu.

mais das luzes de natal
ia dizer o que é suposto dizer-se nesta altura do ano. vocês sabem...
Todo ele exala segurança enquanto fuma o seu Marlboro. É forte, decidido, sabe o que quer e o que não quer. As mãos grandes seguram firmemente o cigarro, já quase no fim. Muito ele fuma. Já imensas vezes lhe dei a entender que não gostava nada desse seu vício, mas ele não me ligou nenhuma. Cada vez fuma mais. Fuma quando está nervoso, fuma quando está chateado, fuma quando as coisas não lhe correm bem, fuma quando não tem mais nada que fazer. Fuma o primeiro cigarro da manhã debruçado sobre a janela da cozinha e fuma o último cigarro da noite sentado na cama junto à cabeceira. Não gosto quando ele fuma e se aproxima de mim, e o primeiro cheiro que sinto é o fumo entranhado nas roupas, no cabelo, por todo o lado, apagando o seu aroma natural. Estou a seu lado deitada no sofá, daquela sala que já se tornou tão familiar, mais familiar até que a minha própria sala da minha própria casa. Inclina-se para alcançar o cinzeiro pousado sobre a mesa e apaga o cigarro. Depois vira-se para mim, olha-me nos olhos e tenta roubar-me um beijo. Desvio a cara. Ele já sabe como as coisas funcionam. Levanta-se muito lentamente sob o meu olhar atento e vai em direcção à casa de banho. Chamo-lhe o ritual das 16:10. Ele lava a cara, as mãos, os dentes. Depois dirige-se para o quarto e troca de roupa. E volta para junto de mim, encontrando-me sempre a fazer zapping. Tira-me o comando da mão e deita-se ao meu lado no sofá. Faz-me festas no cabelo e percorre o meu corpo com as suas mãos inquietas. Rio-me. "Não te estou a fazer cócegas" diz-me ele. "Mas, tu sabes, eu tenho sempre cócegas" respondo. E é então que me beija. Eram estes os meus beijos preferidos. Minutos depois e ele volta a fixar o meu olhar. Estaria a mentir se dissesse que não gosto quando olha para mim dessa forma, mas sinto que nada posso fazer senão deixar-me levar por ele. Ele sabe o que quer e eu sei o que ele quer. Leva-me para o quarto, ao colo, com todo o cuidado, como se eu fosse uma frágil boneca de porcelana. Nesse momento tenho a confirmação de que somos um só. E no final ficamos os dois sentados à beira da cama, um ao lado do outro, eu a olhar para ele, ele a olhar para mim, e não dizemos uma palavra, apesar de conseguir ler-lhe os pensamentos. Vai levantar-se e pegar no maço de cigarros mais próximo. Quando nos conhecemos ele deixou bem claro uma coisa. "Pede-me tudo, só não me peças para deixar de fumar."
Os dias estão cada vez mais curtos, mas de resto, tudo permanece igual. Estamos em Dezembro e ainda não chove. Até quando terei de esperar para sentir o cheiro da terra molhada e caminhar por entre as poças de água? Estamos em Dezembro e eu só tenho vontade de devorar jazz, consumir clássicos do cinema e passear por entre as ruas iluminadas de Lisboa.
não têm sido dias felizes.
querida tpm, deixas-me insuportável.
a verdade é esta: não tenho ninguém.
virei laranjinha, cenourinha, o que quer que me queiram chamar.
Aos três macaquinhos e ao minimeu que ontem me deixaram com um enorme sorriso estampado na cara e com umas dores de pernas desgraçadas, um obrigado. Foi mel ♥
"Novo corte de cabelo, novo amor"
Sinto-me (mais uma vez) vazia.
Roma - Florença - Roma
Olá Dezembro