“Sinceridade: qualidade de sincero; misto de franqueza e verdade.
Sincero: que é verdadeiro e espontâneo; que exprime só o que sente e pensa; que traduz o que sente no coração; leal; natural.”

Uma das pessoas mais sinceras que me apareceu na vida foi uma amiga de infância. Nem era preciso pedir-lhe para me responder com sinceridade, ela dizia-mo instantaneamente, dizia-me tudo, o que eu queria e o que não queria ouvir. Às vezes desejava que não fosse tão sincera, que me ocultasse uma parte da verdade, que não me magoasse ou que me contasse outra coisa qualquer que me fizesse sorrir e me devolvesse a esperança. Mas não. Ela sempre foi assim. Hoje agradeço-lhe por isso. Pelo facto de nunca me ter enganado e por ter estado sempre do meu lado e dizer tudo aquilo que pensava. Muitas coisas não me agradaram, é certo, e por vezes chorei, mentalizando-me de que o que ela dizia não podia corresponder à verdade. Mas foi graças a ela que percebi que nem tudo o que eu pensava era de facto como eu pensava. Foi graças a ela que abri os olhos e me dei conta da realidade. E foi também graças a ela que aprendi a deixar o orgulho de lado e a admitir "É verdade, tinhas razão".

“Sinceridade: qualidade que mais aprecio numa pessoa”

McFly

Agora mesmo, quando estava a ligar a televisão, fui invadida por uma forte energia que vinha em forma de música. "Lies" é o mais recente sucesso da banda britânica que se iniciou no mundo da música em 2004. E quem são eles? McFly. Para quem visitou o meu perfil já sabe que esta é uma das minhas bandas preferidas, melhor dizendo é “aquela”, the one. O mais provável é nunca terem ouvido falar dela, já que não é ainda muito conhecida por estes lados (não têm cd's editados em Portugal, tanto que o único que eu tenho foi comprado em Londres). Mas isso em breve irá mudar e, mais cedo do que imagino, eles virão a Portugal para dar um grande, grande concerto (sonho tanto).

Mais informações:
http://www.mcflyportugal.com/ (site oficial da banda em Portugal)
Quando me perguntam se prefiro o Verão ou o Inverno, respondo sempre a segunda. As pessoas ficam admiradas, chamam-me de louca. Mas é verdade. Desde que fiz a minha viagem a Londres que passei a gostar mais dos dias cinzentos, onde o sol raramente brilha e por onde passa sempre um ventinho fresco. Gosto do frio. Gosto da neve. Só não gosto muito é da chuva. Mas de vez em quando esta também é bem vinda (quem não gosta de estar aconchegado numas mantinhas quentes enquanto vê um filme antiquíssimo? Se vocês não gostam, gosto eu.) Gosto das roupas quentes. Gosto dos cachecóis, dos casacos de lã, gosto dos gorros. Gosto de passear pela rua encasacada. Gosto de sentir o cheiro a castanhas assadas, adoro castanhas. Gosto de bebidas quentes. E no Verão? Eu admito, gosto da praia, gosto do Sol, gosto das roupas frescas, gosto dos batidos. Gosto do mar, gosto de mexer na areia, gosto das noites calorosas. Gosto de gelados (como é que me podia esquecer deste pormenor?). Mas isto não chega para me fazer optar por esta estação. Até porque não gosto – detesto mesmo – o calor abrasador. É uma coisa que não suporto. Por isso, entre estar estendida a assar e bater o dente com tanto frio, prefiro bater o dente. Agora vá, venham de lá os “És louca!”. Talvez seja.

(E se hoje para mim já teve muito calor, nem quero imaginar quando chegar o Verão)
E assim se passou mais um fim-de-semana. Amanhã já é segunda-feira, volta tudo à mesma rotina de sempre: levantar cedo, lavar a cara, vestir à pressa, tomar o pequeno-almoço, pegar nos livros, sair a correr, arranjar concentração para perceber toda a matéria, tirar apontamentos, sair para almoçar, voltar à escola, arranjar paciência para as aulas da tarde, vir para casa, dar um passeio com a amiga de quatro patas, ver o mar, dar uma volta ou ir para casa de alguém, voltar a casa, tomar banho, jantar, ouvir música, ler, e quando o sono chegar, deixar-se levar e adormecer. Tudo isto durante cinco dias. E depois é só pensar que, sexta-feira volta o fim-de-semana e que pelo menos não vai haver rotina para ninguém (nem que seja só por dois dias).
Há um mês atrás estava eu à porta do Campo Pequeno, a colocar protector na cara para não apanhar Sol nas sardas (que aumentam consideravelmente com a presença dos raios solares) enquanto umas fotógrafas tiravam fotos, a mim e a mais outras duas amigas que estavam comigo e que ansiavam, tanto como eu, pelo concerto do grande senhor Jason Mraz. Lembro-me de todos os pormenores que marcaram aquele dia como se fosse ontem. Desde a corrida até à estação de comboios até à chegada ao Campo Pequeno, mais a conversa com um senhor que às duas da tarde já se encontrava com uns copinhos a mais, e ainda a troca de roupa e o "Olha, aquele é o senhor dos tambores da banda do Jason!" (seguido de uma corridinha até ele para pedir uns autógrafos). E depois de horas e horas ao Sol à espera para conseguir um lugar na primeira fila e assistir a um concerto daqueles, quem é que não delira?

"Don't ever let your mind stop you from having a good time."
"Quando a chuva passar, quando o tempo abrir, abra a janela e veja: eu sou o Sol. Eu sou céu e mar, eu sou seu e fim. E o meu amor é imensidão. Só quero te lembrar de quando a gente andava nas estrelas, nas horas lindas que passamos juntos. A gente só queria amar e amar e hoje eu tenho certeza: a nossa história não termina agora. Pois essa tempestade um dia vai acabar."


Ivete Sangalo - Quando a chuva passar
Posso ser muito forte numas situações e deixar-me ir abaixo noutras. Posso fingir-me de corajosa, quando na verdade tenho um medo enorme de algo. Posso aparentar estar bem e sorrir, quando no fundo estou completamente despedaçada por dentro e com vontade de chorar. Eu sei que quando quero consigo superar as dificuldades e dar a imagem de que não preciso de nenhum ombro amigo, por muito que eu precise de alguém com quem possa desabafar. Mas hoje, simplesmente não consigo esconder o que sinto, hoje não dá.
O que é que se diz num primeiro post? Eu não sei. Nunca tive um blog, nunca tive o hábito de visitar blogues (até há bem pouco tempo). Decidi arriscar. Primeiro post e aqui estou eu. Não sei o que dizer, ninguém sabe o que o futuro reserva, por isso, que esta seja a minha melhor sweet escape de sempre.

Entretanto vou aproveitar o pouco que resta deste último dia de férias. Amanhã já não terei esta liberdade.