Confessions of a Shopaholic

“Sabes o que sentes quando vês algo bonito, quando sorris, e o teu coração fica todo derretido? É o que eu sinto quando vejo uma loja”


(Eu também sinto isso, querida Rebecca)

Para música, basta a minha

Peço desculpa a quem os tem, mas não acho piada aos leitores de música que andam por aí nas páginas da Internet e passo a explicar porquê. Primeiro de tudo, só consigo ler em silêncio. Ler com música para mim não dá. Se vocês têm essa capacidade, dou-vos os parabéns. Eu, quando vou ler alguma coisa, gosto de ler correctamente, gosto de estar concentrada, gosto de ler e entender tudo à primeira. Segundo, a vossa música só vem atrapalhar a minha música. O que me obriga a pausar uma das músicas para fazer seja o que for (e infelizmente, costuma ser a vossa porque na grande maioria das vezes, não partilho dos mesmos gostos musicais que vocês). Terceiro, ás vezes um simples leitor de música num dia mau é razão mais do que suficiente para fechar directamente a página da web.

Claro que há excepções - já descobri boas músicas graças a estes leitores, mas isso é muito raro, acreditem.

Dezanove Minutos


Este era um daqueles livros que fazia parte da mobília do quarto há já algum tempinho. Acho que o comprei (melhor, compraram-mo) há um ano - por volta disso. Foi a capa que me despertou a atenção, seguida do resumo e das críticas. Até há um mês atrás que ficou na minha estante, sem lhe tocar. Porque estava a ler outros livros e porque em determinadas alturas não me apetecia entregar a uma leitura como esta. Bem, foi o meu maior erro. Assim que li a primeira página interroguei-me como é que consegui resistir tanto tempo sem o ler. A história prendeu-me desde o primeiro parágrafo. Esta é intercalada por acções do passado e do presente. E no final, quando julgamos que já sabemos tudo, descobrimos que há ainda coisas por desvendar. Foi o primeiro livro que li da Jodi Picoult, mas com certeza não será o último. E o próximo que comprar não vai ganhar tanto pó como este. Vai ser lido logo que chegar a casa. Nem vai para a estante, não. Livros como estes não merecem estar tanto tempo sem receberem a devida atenção.

“Acho que a vida de uma pessoa deve ser como um DVD. Podemos ver a versão que toda a gente vê, ou podemos escolher ver a versão editada pelo realizador – a forma como ele desejava que a víssemos, antes de tudo o resto se ter metido no caminho.
Provavelmente há menus, para podermos começar nas partes melhores sem ter de reviver as piores. Podemos quantificar a nossa vida através do número de cenas a que sobrevivemos, ou através dos minutos em que ficamos lá presos.
No entanto, a nossa vida provavelmente assemelha-se mais a um daqueles aborrecidos vídeos de vigilância. Pouco nítido, por muito que o observemos com atenção. E circular: a mesma coisa, vezes sem conta.”

Back to routine

Acabaram as férias, começaram as aulas. Sem caras novas na turma e sem tempo para apresentações. Comecei logo a fazer fichas para testar os conhecimentos que entretanto ficaram esquecidos nas praias e outros lugares por onde passei. Não houve nada de novo e foi tudo super normal, entediante, melhor dizendo. Ainda não estou pronta para mais um ano, para voltar a pegar nos livros e lá tentar safar-me nos testes com o pouco que estudo. Não. A minha cabeça ainda está centrada nas férias, sobretudo nos últimos dias. Não quero já entrar na rotina das aulas. Quero, sim, ficar ainda "de férias" por mais uns tempinhos.

Como tal, e aproveitando hoje o dia de transportes grátis, fui até Belém dar uma voltinha. Porque gosto. Porque sim. Porque me sinto uma turista. E porque há a Starbucks lá mesmo ao pé.

Prémio 3#

Muito obrigada à autora do blogue "Simplesmente 100" que voltou a atribuir-me um prémio. Ora eu que não sou nada de seguir estas regras, desta vez vou abrir uma excepção, porque até gostei do desafio. Enumerar cinco coisas que adoro na vida? Viajar, ler, concertos, amigos/família e dormir. E sim, dormir tinha mesmo de constar na lista.
Os últimos dias de férias acabaram. Mas felizmente foram bem passados. De mala ao ombro, fui conhecer a cidade de Madrid durante dois dias. A pé ou de metro, o que é certo é que corri tudo, ou quase tudo. A cidade não me surpreendeu. É simples e bonita, mas nada por aí além. Para falar verdade, até acho parecida com Lisboa em muitos aspectos. Levei as vossas sugestões em conta: visitei os museus mais importantes (entre eles o Museu do Prado e o Centro de Arte de Reina-Sofia), perdi-me (literalmente) pelo parque do Retiro e provei as especialidades da cozinha espanhola.

Em relação ao concerto (só para reforçar a ideia) ADOREI. Conheci as outras fãs portuguesas quando estava no aeroporto de Lisboa, à ida para lá. Elas foram todas super simpáticas e falaram abertamente comigo, mesmo não me conhecendo pessoalmente. Também no dia do concerto apareceram mais outras fãs vindas de Portugal que se juntaram a mim na fila. Por isso, já valeu a pena pelo convívio. Quando lá cheguei de manhãzinha ao recinto tinha cerca de 500 pessoas à minha frente. A sorte foi que a determinada altura a fila desorganizou-se toda e mal soube quais os portões é que iam abrir, fui logo para lá e nunca mais abandonei o meu lugar. O que me preocupou mais foi o bilhete. Eram seis da tarde (as portas abriam às sete) e os balcões ainda não tinham aberto, o que significa que não podia levantar o bilhete. Já estava a ver tudo a andar para trás quando, às seis e meia, abriram as 'taquillas'. Com bilhete na mão e mesmo pronta para entrar já estava safa. Mal entrei, apoderei-me logo de um lugar na segunda fila. Julguei que ia ser pior, com as espanholas nunca se sabe e avisaram-me previamente que teria de soltar o meu instinto animal. Não foi preciso isso. Ninguém me empurrou, ninguém me esmagou nem ninguém mandou vir comigo. Pude disfrutar do concerto à vontade. O recinto não estava cheio por isso tive bastante espaço para me mexer, pular, cantar, tirar fotografias e simplesmente vibrar ao som da música. Foi lindo, e não digo isto só por ser a minha banda preferida. É que os british guys conseguiram (ainda mais) cativar-me. Deram tudo por tudo e presentearam-me com uma noite que jamais será esquecida. Passou super rápido, foi um concerto pequeno e, para primeiro concerto da tour europeia, desiludiu-me um bocadinho. Mas só o facto de estar lá presente, depois de tudo o que passei para conseguir tal feito, torna tudo muito mais especial. Se foi um sonho? Totalmente. Mas este foi bem real.


Só mais umas coisinhas: não estou com gripe, não fiquei rouca (mas fartei-me de cantar e gritar) e assustei-me para caramba com a turbulência à vinda para Lisboa. Isto para dizer, estou viva e um bocadinho histérica. Mas estou realizada.

Off to Madrid

Amanha por esta altura estarei a apanhar o avião. Sexta vou estar a caminhar pelas ruas da capital, com mochila às costas e máquina fotográfica na mão. Sábado estarei, desde manhãzinha, à porta do recinto do concerto, para ver e ouvir os british guys bem de perto. Domingo, se não conseguir falar é porque provavelmente fiquei rouca. E se voltar histérica não liguem, mais dia menos dia vou voltar à normalidade - prometo.

London, baby

Porque já fez um ano que fui a Londres. E porque amei cada minuto, cada segundo dos quatro dias que lá estive. E porque gosto de manter viva a memória, aqui vão algumas das melhores fotografias em terras de Sua Majestade. Porque tudo o que é bom merece ser recordado.
Fiquei farta da minha header image (apesar de adorá-la). Fiquei farta do verde no título do blogue, nos títulos dos posts e nas hiperligações. Fiquei farta da letra Georgia. Fiquei farta da aplicação dos seguidores. Hoje apeteceu-me e mudei tudo isto. Apeteceu-me e fiz tudo aquilo que já andava para fazer à mais tempo, mas nunca fazia, não sei bem porquê. O blogue passou a preto. Porque preto é sempre preto e fica sempre bem com tudo. Minimalista? Eu gosto.