Hoje foi frappuccino de caramelo na Starbucks, crepes em casa da Martchica com muitas gargalhadas à mistura e no final da tarde cinco km a correr e outros cinco a andar à beira mar. Adoro Cascais. A minha vida devia basear-se a isto. Acho que não preciso de muito mais para me sentir feliz, realizada, leve e em paz com o meu eu interior.
“Bom dia alegria! O sol já começou a brilhar”, foi o que me disseste.
Quando todo este interesse chegar ao fim vou-me lembrar destes tempo que em que fazia “bem me quer, mal me quer” e esperava pelas tuas mensagens, ou até mesmo quando gozavas comigo; dos tempos em que me mandavas mensagens às seis da manhã só para dizer “Gosto mesmo de ti parva”. Não sei se dizes a verdade ou não, mas sou obrigada a admitir: também gosto mesmo de ti parvo.
26 de Março de 2009.
(The sun is in the sky and it's gonna be a glorious day) Dizem que hoje é o primeiro dia da Primavera, que é a época das flores. As minhas flores: orquídeas, rosas, girassóis e malmequeres. Dizem que o Inverno já acabou e que o Verão está próximo. Confesso que já tinha saudades de ver o sol brilhar. Já tinha saudades de vestir as roupas frescas, apesar de gostar muito dos meus casacões, camisolas, gorros e cachecóis de Inverno. Gosto do Inverno, da chuva e do frio. Mas já fazia falta o tempo primaveril. Vem primavera, este ano recebo-te de braços abertos.
Gostava de ser alta, mas não sou. Sou pequena como a sardinha, um metro e cinquenta e sete centímetros. Quando era pequenina comia muitos danoninhos de morango e na altura nem sabia que aquilo fazia crescer. Depois quando "cresci" verifiquei que continuava a faltar-me aquele bocadinho assim.
Tenho sardas no nariz, nos joelhos e nos cotovelos, estranho. Mas já me habituei a tê-las. O meu nariz está vermelho todo o ano, no Inverno por causa das constipações, no Verão devido aos escaldões. Para ser sincera não é só o nariz que fica vermelho no Verão. Toda a minha pessoa adquire um tom rosáceo sempre que tento esturricar ao sol. As pessoas acham as minhas bochechas fofinhas mas se há coisa que não gosto é quando me tocam nas bochechas. Coro com facilidade, mas também já aprendi a viver com isso, só os outros é que ainda não.
Sou estranha, não muito, só um bocadinho. Mas ser estranha é bom. Como de uma forma estranha e há quem se ria de mim. Uns dizem que sou uma labrega a comer, mas não consigo evitar fazer sons quando tenho a boca cheia. E o mais estranho ainda é que, se não fossem os meus amigos, nunca me tinha dado conta de tal coisa. Já viram, é ou não é bom ter amigos?
Não gosto de acordar cedo de manhã e não tenho o hábito de me deitar cedo à noite. Durmo pouco tempo, mas o suficiente para me manter acordada até ao meio-dia. A partir dessa hora só penso em voltar novamente para a cama. E em comer. Sim, convém comer. E eu gosto de comer. Não, não tenho nenhuma paixão pelo Mac. Para dizer a verdade odeio aquelas batatas fritas, prefiro as caseiras mal cortadas. Tenho a mania das coisas saudáveis mas o que é certo é que nunca consigo manter uma dieta por mais de um mês. É pena.
Faço dramas por tudo e por nada e isso tira a paciência às pessoas. Tenho um medo enorme de sentir o tempo a passar e ver que a minha vida não anda para a frente. Estou quase sempre em contra-mão e sou melancólica. Com isto posso dizer que sou um nadinha enfadonha, mas só um nadinha mesmo. Não ter objectivos de vida também me deixa aterrorizada. É isso e tentar dormir quando estou sozinha em casa. Não consigo adormecer a horas decentes. E não é medo do bicho-papão, é outra coisa qualquer que ainda não descobri muito bem o que é.
Não gosto de pessoas tímidas, logo não gosto de mim. Quando conheço uma pessoa com quem ainda não estou à vontade não abro a boca para falar. Tudo o que digo é imcompreensível e sem sentido. As pessoas ficam com uma ideia errada de mim, que tudo o que faço ou digo é a 1500 km/h. Na verdade não é bem assim. O que acontece é que perco muito tempo a pensar em coisas totalmente descabidas e insignificantes e quando chega a altura de agir tento despachar tudo para me safar e voltar a sentir-me livre. Do género, estou com um desconhecido que acabei de conhecer (logo deixa de ser desconhecido). Ele faz-me uma pergunta e eu não sei o que dizer. Fico muito tempo a pensar na resposta, entretanto sinto as minhas faces corarem e depois quando estou prestes a falar e a dizer algo, sai-me um gatafunho de palavras todas amontoadas. E depois dou um suspiro de alívio porque o próximo a falar não serei eu mas sim o recente desconhecido, entendem? (Com isto vocês acabam de concluir que não gosto de falar, o que é mentira. Se há coisa que eu gosto de fazer é falar, difícil difícil é estar calada. E de escrever, também gosto. Mas isso já são outras conversas).
Às vezes rio-me de piadas que não têm piada nenhuma mas que mesmo assim me fazem rir porque eu acho que elas até têm piada. Há muitas pessoas que não gostam de mim e muitas pessoas que gostam de mim (ou fingem gostar de mim, não sei). Quando não vou à bola com a cara de alguém é para esquecer. Podem-me dizer tudo e mais alguma coisa que nada me faz mudar de ideia. Não gosto, não gosto. E quando isso acontece não tenho problemas em dizê-lo. Já admitir o contrário é mais complicado.
Sou imprevisível. Visto o que quero, mas às vezes só me apetece mandar a roupa toda que tenho no armário fora. Acontece. Uma vez chamaram-me freak porque levei um laço na cabeça para a escola. Acho que a pessoa que me disse tal "elogio" não sabia lá muito bem o que aquilo queria dizer. Mas também não foi isso que me impediu de usar o laço mais vezes.
Ontem quis ser cantora. Hoje jornalista. Amanhã estilista. Sinceramente não sei ainda muito bem o que quero fazer. Estou sempre a mudar de ideias e levar um projecto até ao fim é difícil. Canso-me facilmente das coisas e gosto de ir experimentando coisas novas e diferentes . Basicamente neste momento a minha vida é um grande ponto de interrogação.
E acho que a manteiga de amendoim é das melhores coisas cremosas, energéticas e calóricas alguma vez criadas.
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